domingo, 11 de março de 2012

ANÁGUA de Juana














ANÁGUA de Juana
Tua saia tão pequena
Quase não dava pra dançar
Dava lance de relance
E o povo todo a te olhar

Batendo palmas com as mãos
A pisada no chão de barro
Era eu teu namorado
dançando sem parar
Lá se vinha um cavaleiro

Em cima do seu cavalo
Num galope galopado
Te chamou para montar
Eu fiquei a espiar
A montada que tu deu

Foi se borá o meu amor
Nos braços do fariseu
Minha mágoa foi tua anágua
Pois era tão pequenininha
Mal cabia minha gracinha

Era tu minha rainha
Um dia ela voltou
Querendo comigo falar
Chorava de fazer dó
Me pedindo pra voltar
De fato naquele dia

Ainda estava a pensar
Se tu voltasse pra mim
Eu iria te perdoar
Mas na hora da aflição
A comunidade a me olhar

Lembrei-me da ultima festa
Que saíste sem acenar
Pensei um pouco mais
Era minha decisão
Ter de volta minha paixão

e descansar meu coração
Aflito ainda estava
Pela aquela situação
De ver meu amor me deixando
Nos braço doutro pião

Foi quando pensei direito
Desse amor não sofro mais
Prefiro viver sozinho
A lembrar daquele rapaz
Que fugia com você

Em cima de seu cavalo
Levando quem mais amava
Minha flor de vestido rosado
Tomou rumo ignorado
Faz tempo que não te vejo

Pois até hoje o meu desejo
E te encher de beijos
Pra terminar essa história
Que um dia foi traído
E te ver partindo sem dó
A minha Joana que ficou no caritó.
Escrito em 27 de abril de 2012, por Orlando Oliveira
http://www.recantodasletras.com.br/cordel/3641595

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